A conversa surgiu por acaso. Falou-se do Homem do Saco. Como eu não sabia como ele era, rapidamente surgiu a descrição: usa calças de ganga, sapatilhas brancas (por acaso acabaram por ser azuis),camisola às riscas, tem uma flauta, um saco, uma máscara e um chapéu. Havia quem achasse que tinha a boca tapada, mas outros achavam que não!
Passamos à construção... fizemos o molde em papel, sendo o Guillaume o modelo. A seguir passamos o molde em papel para o tecido e pedimos à Idalina para o coser. Depois de cosido tivemos de encher com esponja que parecia neve e de fazer a cara (nariz, olhos, boca, cabelo). Vestimos o nosso boneco e ele está pronto... descobrimos que afinal não é nada assustador, até é "bem fofinho".
Partindo das experiências e do que é significativo para cada criança, estamos a entende-la como autora da sua própria aprendizagem, com interesses e saberes importantes e significativos. Com a construção do "Homem do Saco", lenda popular que povoa ainda o imaginário de algumas infâncias, estamos a espantar medos e sustos... Afinal aquilo que construímos e que até temos na sala não pode ser assim tão assustador..."até é bem fofinho!".
Aprendemos a planificar, a fazer um trabalho em várias fazes e a demorar vários dias (e esperar custa tanto!); melhoramos a motricidade fina e a coordenação motora, pois vestir, despir, fazer moldes, não é fácil; descobrimos que há vários tamanhos e que não podemos vestir roupa muito grande nem muito pequena no boneco; descobrimos várias texturas...o macio do tecido e da espuma; desenvolvemos a linguagem e demos largas à imaginação, pois tivemos de imaginar e criar o "Homem do Saco". Acima de tudo diverti-mo-nos muito!
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